Extremistas Fulani matam pastor na Nigéria após resgate ser pago

  • 14/10/2025

O Rev. James Audu Issa, pastor da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), que havia sido sequestrado em agosto no estado de Kwara, Nigéria, foi encontrado morto recentemente, mesmo após o pagamento de um resgate exigido por extremistas Fulani.

O sequestro do Rev. James ocorreu em 28 de agosto em sua residência na cidade de Ekati, no condado de Patigi. Seu corpo foi descoberto no deserto em 2 de outubro. Segundo Peter Kolo, vizinho do pastor, ele foi “morto por bandidos Fulani que aterrorizavam as áreas de governo local de Edu e Patigi, no estado de Kwara”.

Os extremistas Fulani inicialmente exigiram US$ 62.500. A família do pastor e a comunidade Ekati conseguiram negociar a redução do valor para US$ 3.125, quantia que foi paga. Contudo, os sequestradores não o libertaram, exigindo mais US$ 28.125. “Tragicamente, antes que qualquer negociação pudesse ocorrer, o Rev. James foi morto pelos Fulani”, lamentou Peter.

Romanus Ebeneokodi, pastor da igreja, expressou a dor da comunidade: “Este pastor inofensivo foi abatido, um entre muitos, deixando sua esposa, filhos, parentes, igreja e amigos em agonia”.

Ralph Madugu, editor da revista “Today’s Challenge” da ECWA, classificou o assassinato como parte de uma série de ataques direcionados a cristãos e seus líderes, questionando a negação de que haja um “genocídio contra cristãos” por parte de alguns funcionários do governo.

O Epicentro da Perseguição Religiosa

Um relatório da Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety) aponta que mais de 7.000 cristãos foram assassinados nos primeiros 220 dias de 2025 no país, o que representa uma média alarmante de 35 mortes por dia.

A Nigéria é considerada o principal epicentro da perseguição, concentrando mais mortes de cristãos por sua do que o restante do mundo somado, conforme a organização Portas Abertas.

Segundo a Morning Star News, desde 2009, ano em que o Boko Haram iniciou sua insurgência, a violência já deslocou pelo menos 12 milhões de cristãos. A Intersociety estima que, nos 16 anos seguintes, a violência tenha causado 189 mil mortes de civis, incluindo cerca de 125 mil cristãos e 60 mil muçulmanos não radicais.

Apesar de a legislação nigeriana garantir liberdade religiosa, a Portas Abertas alerta que “a maior ameaça vem de militantes islâmicos que buscam eliminar o cristianismo e os cristãos da região”.

O país ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas, que monitora os países mais difíceis para ser cristão. Dos 4.476 cristãos mortos por sua fé em todo o mundo no período analisado, 3.100 (69%) foram assassinados na Nigéria.

O relatório da Portas Abertas indica que a violência anticristã no país atingiu o “máximo possível” conforme a metodologia da pesquisa.

  • Na região centro-norte, milícias extremistas Fulani atacam comunidades agrícolas cristãs.
  • No norte, terroristas jihadistas como Boko Haram e Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) intensificam a violência com invasões, sequestros, estupros e assassinatos.
  • Há também um alerta sobre o avanço da violência no sul e o surgimento do grupo terrorista jihadista Lakurawa, ativo no noroeste e ligado à rede Al-Qaeda.

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FONTE: https://ntgospel.com/noticias/perseguicao-religiosa/extremistas-fulani-matam-pastor-na-nigeria-apos-resgate-ser-pago/


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